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A Cólera em Coari – 1991

Cólera em Coari

Archipo Góes

Neste artigo, vamos dissertar sobre a epidemia de Cólera que aconteceu em Coari no ano de 1991.

Cólera em Coari

A cólera estava presente desde os primeiros séculos da humanidade, causando diarreias agudas, vômitos, cãibras musculares e a perda de peso intensa. É uma doença altamente contagiosa, ou seja, com grande facilidade de dissipação. Sua causa é uma toxina, a toxina colérica (TC), produzida pelo seu agente etiológico, a bactéria Vibrio cholerae.

O período de incubação é de aproximadamente cinco dias. É transmitida pela ingestão da água, alimentos, peixes, animais de água doce contaminados por fezes ou vômito de indivíduo portador da doença, sem o devido tratamento. Sua ação inicia vencendo a acidez estomacal, multiplica-se no intestino delgado de forma bastante rápida e, em razão de seus sintomas, pode causar desidratação, perda de sais minerais e diminuição acentuada da pressão sanguínea em curto espaço de tempo, com possibilidades de causar a morte das pessoas afetadas.

Cólera em Coari

A Cólera chegou às Américas em 1991, começando no Peru e depois se espalhando por grande parte da América do Sul e América Central, em que depois de alguns anos veio a se tornar endêmica.

Em 15 de fevereiro de 1991, o Peru se encontrava em plena epidemia, com 77 pessoas mortas e 11.000 pessoas contaminadas pela bactéria. Ainda não havia casos identificados no Brasil, mas também não acontecia nenhuma ação preventiva para evitar a chegada da Cólera. Em particular, foi possível observar que a população da cidade de Tabatinga estava muito preocupada com a chegada da doença pela fronteira.

O ministro da Saúde, Alcenir Guerra, descartou uma campanha de vacinação contra a doença nas cidades brasileiras que fazem fronteira com o Peru. Ele disse haver dificuldades geográficas de contágio por via terrestre. Por isso, só haveria fiscalização nos portos e aeroportos de maior movimentação de passageiros vindo daquele país.

Contudo, dias depois, tudo mudou. No Peru, a doença já matou mais de 100 pessoas em menos de duas semanas, mais de 11 mil estavam contaminadas e quase 3 mil estavam hospitalizadas só em Lima, estava acontecendo mais de 100 internações por hora. Autoridades peruanas acusavam as tripulações dos navios cargueiros chineses de terem introduzido a doença no país. E foi confirmado que a origem da doença realmente era de origem asiática.

As autoridades de Tabatinga enviaram documento solicitando ao Ministério da Saúde, o início imediato da campanha de vacinação contra cólera no município.  Além disso, houve a proibição de comercialização de produtos oriundos do Peru. No final do dia, o Brasil fechou as fronteiras com o Peru.

O deputado federal (AM) Euler Ribeiro, que também é médico expressou suas preocupações:

— Estou muito preocupado com a entrada da cólera no Brasil, pelo Amazonas, o que poderia acarretar muitas mortes, devido às nossas péssimas condições de saneamento. O risco da cólera se alastrar no Amazonas é gravíssimo, pois a doença pode ter acesso facilmente ao estado pela região do Alto Solimões, vindo do Peru, onde está tornando-se um caso da mais alta gravidade.

No dia 27 de fevereiro, em Lima, um balanço oficial, divulgado pelas autoridades sanitárias peruanas, informou que 150 pessoas morreram e que havia mais de 26 mil infectadas, devido à epidemia de cólera que atinge o país.

Além da Cólera, o Peru se viu às voltas com campanhas conflitantes: enquanto o Ministério da Saúde pedia que ninguém comesse peixe cru, que seria o portador do vírus, o próprio Presidente da República, Alberto Fujimori, estimulava a população a não abandonar um dos tradicionais pratos da cozinha nacional, o Ceviche — peixe cru com limão e outros temperos.

No dia 13 de março de 1991, o Instituto Butantã, de São Paulo, anunciou que iria preparar um estoque de 150 mil vacinas contra a Cólera, a partir das variedades de bacilos chamadas Ogawa e Inaba, de origem asiática. As vacinas seriam para imunizar brasileiros que viajam para regiões onde há surtos de Cólera. Uma vez que, até a presente data, ainda não havia sido detectada a presença da doença no Brasil.

No dia 20 de março, apareceram os primeiros casos de pessoas contaminadas pela Cólera na Colômbia. E aumentou os números de casos na fronteira entre o Peru e o Brasil, principalmente na cidade de Iquitos, a 500 km de Tabatinga, interligadas pelo rio Maranon (Amazonas), que passa também pelo município de Letícia antes de atravessar a fronteira brasileira. O Ministro da Saúde do Peru, Carlos Vida Layseca, renunciou ao cargo por discordar da política adotada pelo presidente do país, Alberto Fujimori, com relação ao combate à Cólera.

Primeiro Caso

O primeiro caso de cólera no Brasil foi anunciado oficialmente em 18 de abril de 1991. O doente, Antenor Gonçalves Cruz, 23 anos, morador da ilha de Santa Rosa, Peru, foi identificado em Tabatinga. A cidade, que fica a cinco minutos de barco da ilha peruana e é separada da Colômbia por uma rua, tornou-se rapidamente foco da doença no país. Dez dias depois, Alceni Guerra confirmava a existência de mais cinco casos, um dos quais em Benjamin Constant, Amazonas.

Em 23 de maio, foram detectados pelo Ministério da Saúde, 10 casos de Cólera em Tabatinga. E assim, epidemia chegou ao Amazonas.

Gilberto: “Cólera está controlada”

Entrevista concedida ao programa “Encontro com a Imprensa” da Rádio JB-AM (Rio de Janeiro) em 14 de junho de 1991.

Cólera em Coari
Gilberto Mestrinho

— A ameaça de cólera não é tão grande quanto está sendo propagada pela imprensa. No caso do Amazonas não há motivos para preocupações maiores, uma vez que a Secretaria Estadual de Saúde, em conjunto com o Ministério, conseguiu estabelecer uma barreira de prevenção à doença na região de Tabatinga, fronteira entre Brasil e Colômbia e especificamente o Peru, que é onde se registra o maior número de casos de cólera — A explicação foi do governador Gilberto Mestrinho que se pronunciou ontem sobre o assunto para tranquilizar a população amazonense.

Segundo o governador, a prova de que o trabalho da Sesau de controle da Cólera está sendo eficaz são os números: nenhum caso até agora comprovado no Território Nacional, enquanto o Peru, só na primeira quinzena posterior ao aparecimento da doença, mais de mil pessoas já haviam sido contaminadas. Ele ressalta ainda que a cólera é menos maléfica do que a gripe, e uma vez detectada a tempo é facilmente curada, com uma simples medicação e tratamento de reidratação do organismo. Por outro lado, as campanhas de esclarecimento sobre as novas preventivas de higiene, alimentação e saneamento são poderosas armas contra a doença, e as campanhas que vêm se realizando estão sendo muito efetivas.

“Na opinião de Gilberto Mestrinho, o Brasil terá, mais cedo ou mais tarde, que se deparar com a cólera, como já acontece em outros 105 países. Mas não como epidemia e sim da mesma forma como se depara com o sarampo, com a malária. No caso específico do Estado do Amazonas, o governador ressalta que Manaus fica a dois mil quilômetros de Tabatinga, região de risco, o que, portanto, dificulta a contaminação”.

O bacilo do cólera descendo o Solimões vai morrer de solidão e tédio, tamanha a distância.”

Coari, área de risco

A Cólera, doença altamente contagiosa, chegou ao Brasil. O primeiro caso foi registrado em Tabatinga-AM, em abril de 1991. “O vibrião colérico morreria de tédio e solidão, se tentasse se deslocar de Tabatinga a Manaus”, disse Gilberto Mestrinho, governador do Amazonas, cético quanto à possibilidade de a doença chegar à capital do estado. A partir destes casos, alastrou-se pelo estado do Amazonas e pelo país.

A poluição e a acidez dos rios da bacia amazônica podem ter evitado um pouco a propagação do vibrião através da água, mas ele acabou desembarcando no corpo de pessoas que viajavam até Coari de barco.

Alguns pontos da sede do município de Coari foram visitados pelas autoridades epidemiológicas, que se encontram envolvidas no município com o problema cólera. Uma olhada na entrada da cidade – O porto de Coari – ou uma rápida entrada no mercado público municipal, até os menos esclarecidos podem perceber a grave situação de saneamento básico da “capital da banana”. Mas a fotografia do vibrião colérico pode ser notada bem de perto na rua Professor Góes, por exemplo, localizada no centro da cidade, onde caminham à solta a malária e a hepatite.

De lá já saíram várias pessoas suspeitas de cólera e as autoridades municipais, estaduais e federais, não passaram no local para um levantamento epidemiológico e sanitário da localidade. A maioria dos moradores daquela rua e das diversas que formam um verdadeiro aglomerado de doentes, apresentam algum tipo de complicação, que pode iniciar com um simples comprometimento respiratório.

Dona Maria Ferreira da Silva, por exemplo, está com malária, mãe de 10 filhos, dona Maria garante que ainda não sabe como trabalha o pessoal da Fundação Nacional da Saúde (FNS), ex-Sucam, responsáveis, inclusive, pelo combate à malária.

Atualmente, três de seus filhos estão com malária. José da Silva Azevedo, foi o mais atingido e já vivencia sua quinta malária, somente este ano. Em frente à casa de dona Maria, o pequeno Antônio Filho, de 1 ano e 6 meses, não escapou do ataque do vibrião colérico. “As crianças são as mais vulneráveis à doença. Além da água ser captada de um lago poluído, a água tratada pela Cosama, dificilmente chega às residências sem serem contaminadas em função do vazamento da rede”, denuncia a moradora Maria José.

Para completar ainda mais a situação dos moradores da Professor Góes e ruas vizinhas, quando chove, as casas ficam praticamente dentro d’água. Dona Cândida Amaral, que há anos sofre de problemas respiratórios, garante que a “catinga é medonha”. Ninguém vem aqui meu filho, começaram a colocar esses tubos, mas até hoje não fecharam. O cocô escorre toda hora nas ruas e ninguém toma uma providência”, condena.

— “Estamos condenados ao completo abandono. Depois da malária e da hepatite, só faltava chegar à Cólera. Agora temos de tudo”, critica Maria José, que ressaltou que a grande preocupação das autoridades não é a Cólera, mas a Festa da Banana.

Depoimento sobre a situação no hospital

Os moradores de Coari, por cerca de 15 dias passaram a conviver bem de perto com o vibrião colérico, contudo quando tiveram de depender dos serviços médicos do hospital, foram obrigados a esperar pelo menos o dia amanhecer. As 18 horas, quando vários pacientes suspeitos de cólera procuraram o hospital, encontraram apenas a atendente Maria Ferreira da Silva que, em função do estado clínico do doente, ministrava a eles o soro oral e venoso.

O médico de plantão ao ser procurado pela reportagem foi enfático ao afirmar que no hospital só compareceria se o estado do paciente fosse grave. Segundo declarou, a atendente estava suficientemente habilitada para saber – se o problema do paciente fosse cólera – a capacidade hídrica do enfermo era negativa ou não.

Próximo às 22 horas, o médico compareceu ao hospital, embora tenha permanecido o tempo todo do lado de fora. Sem mostrar nenhuma preocupação com a morte de uma recém-nascida, que acabara de morrer por falta de assistência médica, o plantonista limitou-se a que fazer frente a uma população de 40 mil habitantes era impossível para quatro médicos.

Às 8 horas da manhã seguinte, o número de pessoas suspeitas já era maior e nenhum médico presente para atendê-los. O menino Raimundo Vilhena, 11, se contorcia em dor e só depois de alguns goles de soro e o carinho de sua mãe Laurentina Vilhena se acalmava.

A primeira atenção médica aos pacientes suspeitos de cólera só acontece quando a equipe do Piauí, coordenada pela médica Maria Amparo Salmito, chega ao hospital. Segundo ela, todas as pessoas com diarreia são mais suspeitas, embora até o momento só tenham sete casos comprovados. “Todos os dias mandamos para Manaus várias coletas. Estamos certos de que o número de casos comprovados em laboratório é maior que sete. Como ainda não dispomos dos resultados fica difícil saber a incidência real de cólera no município”, explica.

Se os números de casos comprovados dependem dos resultados dos exames, os números de pacientes suspeitos atendidos dependem do controle da equipe de coordenação da Unidade de Saúde de Coari. Ninguém sabe informar quantas pessoas suspeitas de cólera passaram pela Unidade de Saúde do município.

Unidade de Tratamento de Cólera sem controle

Depois de “lavado” todo material contaminado pelo vibrião colérico, a funcionária da lavanderia prosseguiu na sua missão, agora com o material de cama e outras enfermarias. Segundo garantiu, o tratamento dispensado de acordo com as orientações do hospital ao material de cama é um só.

Na própria UTC pode-se observar que não existem regras quando acompanhantes ou o profissional de saúde está diante do portador do vibrião colérico. Uma criança suspeita colocava tantas vezes fossem necessárias a chupeta à boca, que por descuido caía onde se encontrava há dias hospitalizada.

Nem mesmo a médica Nauri se importou de pegar um dos baldes que se encontrava debaixo da cama do paciente Joaquim Sebastião, 51, para mostrar as características do líquido expelido pelo portador do vibrião colérico. A médica sequer tinha às mãos luvas de proteção.

Na Unidade de Tratamento à Cólera não existe nenhum controle quanto ao acesso de pessoas que queiram visitar um suspeito. A entrada, praticamente, é franca e o vai vem é constante. Outra demonstração de nítido descontrole é quando um paciente é transportado com urgência para a UTC. Mesmo que o leito tenha sido desocupado naquele instante por um portador suspeito nada impede que um outro seja levado a ele. A rotatividade, aliás, é constante e pode acontecer durante as 24 horas do dia.

Depois de alguns dias, chega à cidade de Coari a equipe da Rede Globo de Televisão, chefiada pelo jornalista Caco Barcellos e expõem em rede nacional para todo Brasil, todas as mazelas e a situação caótica que Coari se encontrava.

Água captada à beira do lago

Coari é uma cidade carente e com deficiência na estrutura sanitária. A água potável, por exemplo, é um dos problemas mais graves. Ela é captada na beira do lago de Coari, onde vários flutuantes e embarcações se confundem com a pequena flutuante da Cosama, de onde inicia a distribuição para alguns setores da cidade.

Os principais esgotos da cidade podem ser notados sobrecarregados entre o emaranhado de pequenas casas flutuantes e barcos, que no lago de Coari formando o principal depósito de dejetos fecais. Devido à seca, eles, atualmente, estão fora d’água, mas suas águas servidas formam na área da praia, um visível corredor até atingir o lago de onde é tirada a água para a população.

A fiscalização no porto da cidade, segundo comentou Francisco dos Santos, encarregado pelo bombeamento da Cosama, é uma brincadeira e se existe “é para inglês ver”. A própria embarcação da prefeitura do município, conforme observou, atraca bem ao lado do flutuante da Cosama.

Devido a esses descuidos, é comum o motor da companhia estar ligado no momento em que, as fezes flutuam sobre as macias águas esverdeadas do lago de Coari, próximo ao flutuante da Cosama. “Aqui está a pior imundície de Coari. É merda dos esgotos, dos flutuantes, das embarcações, de todos os lugares”, assegura.

Na sede do município de Coari, as famílias que não são atendidas pela Cosama são servidas na sua maioria por cacimbas localizadas próximas a um braço d’água, como é o caso do igarapé do Pêra e do Espírito Santo.

Cólera em Coari

Na época, eu era um jovem professor do ensino fundamental, com 19 anos e foi possível acompanhar, in loco, as várias fases dessa epidemia em Coari. A cidade estava vivendo cenas de um filme de terror, com pessoas chegando da zona rural do município, em total estado de desnutrição avançada, sem poder se locomover, se desfiando. Lembro que na fila do Banco do Estado Amazonas (BEA), havia senhoras que caiam e apresentavam os sintomas mais graves, ali no chão.

Elas eram conduzidas a Unidade Mista de Coari (antigo Hospital), onde ficavam isoladas, deitadas em uma maca hospitalar que havia um buraco no meio, onde as pessoas continuavam fazendo suas necessidades sem interrupção. Houve muitas mortes em nossa cidade.

Cólera em Coari

Após essa epidemia, aconteceu algumas mudanças na cidade de Coari:

O flutuante que recolhia água para os tanques da Cosama (Companhia de Saneamento do Amazonas) saiu  das águas paradas do lago de Coari, há 500 metros do principal local de liberação do esgoto da cidade, para o Rio Solimões, que é um rio com uma correnteza muito forte, dessa forma, dificultando o recolhimento de águas poluídas.

Outra mudança qualitativa em Coari, foi o cuidado com a água de consumo. Foram abertos inúmeros poços artesianos na cidade (particulares e das instituições governamentais). A população começou a ferver água para beber ou adicionar hipoclorito de sódio. Os velhos filtros de barros foram aposentados, sendo trocados pelos bebedouros de água mineral de 20 litros.

Em suma, o negacionismo e o despreparo das autoridades amazonenses não acreditando que a bactéria da Cólera chegasse ao Brasil, além das eternas condições sanitárias deficientes, foram os principais motivos para que a epidemia de Cólera chegasse a Coari, que foi na época, o principal local de risco da doença no Brasil.

Archipo Góes

Coari, 21 de dezembro de 2022

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8 comentários em “A Cólera em Coari – 1991”

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