Search
Close this search box.

3º Festival da Música Coariense — 1985

3º Festival da Música Coariense

Neste post podemos observar como foi o 3º Festival da Música Coariense que aconteceu em 1985.

3º Festival da Música Coariense
LP de Evandro Moraes

Com uma música romântica que recorre para o bom senso das pessoas de verem que a solução está na paz e na destruição de fronteiras, Evandro Moraes ganhou o 3º Festival de Música Popular de Coari. Filho de Coari, Evandro é advogado, compositor, músico e um irreverente fã dos Beatles. O primeiro lugar neste festival com “Tributo a Lennon”, que vem reforçar sua adoração pelo grupo inglês. Evandro espera bons resultados do prêmio que ganhou: um compacto simples com duas músicas.

“Não sei se esse prêmio modificará minha vida fazendo eu deixar a advocacia e me dedicar somente à música. Tudo é apenas um começo e vamos deixar como está para ver como é que fica”. Evandro já participou outras vezes de concurso musicais. Quando era estudante do seminário de Belém ganhou o segundo lugar de um festival estudantil com a música “Bastião”, quando sentiu sua tendência para compor temas regionais.

Evandro inicia sua carreira com discos colocando mil cópias do Compacto “Tributo a Lennon”, que será vendido a Cr$ 30 mil. É meio difícil tentar imaginar um ex-seminarista que foi para o Rio Grande do Sul e lá cursou Letras, veio para Manaus, fez o curso de Direito e hoje, com 31 anos, mora em Coari e trabalha no Centro de Defesa dos Direitos Humanos. Pois é, com todo esse currículo que Evandro tenta conquistar o público amazonense. Às duas músicas que ele gravou neste primeiro trabalho comercial revelam a temática que seguirá de agora em diante: a defesa dos direitos humanos, em versos que falam dos problemas sociais.

O Festival da Música Coariense surgiu em 1984, sendo idealizado pela Universidade do Amazonas em parceria com a Prefeitura de Coari, que operacionalizou a realização do festival em 3 edições, sempre acontecendo na semana da pátria. O Festival da Música Coariense é anterior ao FECANI de Itacoatiara que iniciou um ano depois, em 1985.

Nas duas eliminatórias que envolveram todo o concurso, participaram 23 artistas e entre eles saíram os cinco finalistas. “Sentimos a importância deste concurso porque não foi apenas uma oportunidade de descoberta de novos valores, mas a possibilidade de ampliação da atuação da música regional. Com o prêmio de gravar um Compacto que terá mil cópias à venda, das quais 400 já foram vendidas em Coari, mais pessoas poderão conhecer o trabalho de criação que também acontece no interior do Estado”, finalizou Evandro.

“Evandro Moraes vê a paz como solução”

No último dia do 3º Festival da Música Coariense, foi divulgada a classificação final, ficando em segundo lugar o professor Josué Pereira com a música “Fim de Mês” de autoria do Evandro Moraes. Também ressaltamos a participação da senhora Santa Grimm que interpretou a música “Procurando Você” também com letra e música de Evandro Moraes.

Jornal do Comércio – 22/01/1986

Leia mais sobre a cultura coariense:

História e Contextualização da Catedral de Coari

Cleomara vence o Miss Amazonas 1992

Mura-Cão-Era – (Lenda Coariense)

Exposição de fotografias antigas mostram a história de uma Coari marcada pela riqueza de sua cultura e intelectualidade de seu povo

Está gostando ? Então compartilha:

1 comentário em “3º Festival da Música Coariense — 1985”

  1. Quanto de cultura Coari já construiu no cenário regional!
    Um festival de música anterior ao de Itacoatiara e não se projetou, ou se apostou no crescimento do evento.
    Os festivais populares foram extintos, porém os artistas sempre permanecem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dança
Dança
Archipo Góes

Corpos em Movimento: Workshop Gratuito de Dança em Coari

O projeto “Corpos”, contemplado pelo edital Paulo Gustavo, oferece aulas gratuitas de Dança Contemporânea e Improvisação para jovens e adultos a partir de 11 anos. As oficinas exploram a expressividade corporal, a improvisação e o aprimoramento de técnicas básicas, com direito a certificado ao final do curso e uma demonstração artística para a comunidade.

Leia mais »
Garantianos
Folclore
Archipo Góes

Correcampenses x Garantianos

A crônica Correcampenses x Garantianos, narra a rivalidade entre os bois-bumbás Corre-Campo e Garantido em Coari, marcada por brigas e um episódio de violência em 1989. A retomada do festival em 1993 e a vitória do Corre-Campo geraram reações distintas. A crônica reflete sobre a polarização social, a cultura popular como identidade local e a importância da tolerância para a harmonia.

Leia mais »
Santana
Literatura
Archipo Góes

Um dia de Santana em Coari em uma Igreja Ministerial

O texto narra a vivência da festa da padroeira de Coari, retratando a devoção à Santana, a padroeira da cidade, e a importância da fé para o povo local. A narrativa destaca a movimentação do porto, a participação dos trabalhadores da castanha, a procissão, a missa e o arraial, revelando a religiosidade popular e a cultura local. A história do patrão e dos trabalhadores da castanha ilustra a exploração do trabalho na região, enquanto a presença do bispo e dos padres reforça o papel da Igreja Católica na comunidade. O texto termina com a reflexão sobre a fé, a esperança e a importância da preservação da tradição.

Leia mais »
Guadalupe
Literatura
Archipo Góes

O Trio Guadalupe – 1987

O texto narra as memórias da autora sobre sua infância na década de 80, marcada pela paixão por filmes de dança e pela amizade com Sirlene Bezerra Guimarães e Ráifran Silene Souza. Juntas, as três formavam o Trio Guadalupe, um grupo informal que se apresentava em eventos escolares e da comunidade, coreografando e dançando com entusiasmo. O relato destaca a criatividade e a alegria das meninas, que improvisavam figurinos e coreografias, e a importância da amizade que as uniu. Apesar do fim do trio, as memórias das apresentações e da cumplicidade entre as amigas permanecem como um símbolo daquela época especial.

Leia mais »
maçaricos
Literatura
Archipo Góes

Os maçaricos do igarapé do Espírito Santo têm nomes

Maçaricos, aves e crianças, brincavam lado a lado no Igarapé do Espírito Santo em Coari–AM. Um local de rica vida natural e brincadeiras, o igarapé variava com as cheias e secas, proporcionando pesca, caça e momentos marcantes como a brincadeira de “maçaricos colossais” na lama. O texto lamenta a perda da inocência e da natureza devido à exploração do gás do Rio Urucu e faz um apelo para proteger as crianças e o meio ambiente.

Leia mais »
França
Literatura
Archipo Góes

O boi de França e o boi de Ioiô

O texto “O boi de França e o boi de Ioiô” é um importante documento histórico que contribui para a compreensão da cultura popular e da tradição do boi-bumbá no Amazonas. Através de uma narrativa rica em detalhes, o autor nos leva de volta ao ano de 1927 e nos apresenta aos personagens e eventos que marcaram a introdução dessa importante manifestação cultural em Coari.

Leia mais »
Corpo Santo
Literatura
Archipo Góes

Um Corpo Santo e as serpentes na brisa leve e na água agitada

O texto “Um Corpo Santo e as serpentes na brisa leve e na água agitada” é um belo exemplo de como a literatura pode ser usada para retratar a realidade social e ambiental da Amazônia. Através de uma linguagem rica e poética, o autor nos convida a refletir sobre a vida dos ribeirinhos, a beleza da natureza e a importância da preservação ambiental e social.

Leia mais »
Rolar para cima
Coari

Direiros Autorais

O conteúdo do site Cultura Coariense é aberto e pode ser reproduzido, desde que o autor “ex: Archipo Góes” seja citado.