Search
Close this search box.

Tragédia do Botafogo

Francisco Simeão da Silva

.

.

.

.

.

Sendo eu um grande artista
Ainda não pude parar
Porque este acontecimento
Quero ao povo contar
A tragédia do Botafogo
A um barco a Naufragar

O nosso belo Amazonas
É um Rio grande e temente
Temos que andar com cuidado
Devido as grandes correntes
Porque se nos descuidarmos
Elas destrói com a gente

Para provar o que digo
Vou agora confirmar
Contando uma história
Para todos acreditar
História de um navio
Que vi nas águas se acabar

Na tarde de um belo dia
Chegando as dezoito horas
O motor se despediu
Da capital foi embora
Viajando carregado
Por este rio afora

Isto foi no dia quatorze
De um janeiro passado
Viajou a primeira noite
E não lhe aconteceu nada
Mas na segunda noite
Veio a tristeza dobrada

Este motor meu amigo
O seu nome ninguém esquece
Dominique era o seu nome
Muita gente ali fez prece
Mas neste grande rio
Se naufragou desaparece

É verdade minha gente
Tudo isto ocorrido
E não botando em conta
O tão grande prejuízo
E até a presente data
O barco vive perdido

Este caso aconteceu
Em uma alta madrugada
Os viajantes do barco
Não iam esperando nada
Porque tudo ia tranquilo
Antes daquela encontrada

O motor se deparou
De encontro com a correnteza
O mesmo virou na hora
Por não encontrar firmeza
E dai foi que surgiu
Para ó povo tanta tristeza

Tristeza porque foram muitos
Que ali se acabaram
Uns choravam pelos mortos
Outros pelos que escaparam
Na certeza que foram muitos
corações que se abalaram

Com esta aflição toda
Sem esperar por cima
Este naufrágio aconteceu
Bem perto de Codajás
E estamos pedindo a Deus
Para não acontecer mais

Tomaram toda providência
Logo ao amanhecer do dia
O dono foi a Codajás
Comunicar a capitania
Para virem ajudá-lo
Nesta tão grande agonia

A capitania sabendo
Do que se tinha ocorrido
Vieram trazer socorro
Para os que ficaram feridos
E também conformar ao dono
Que nem tudo estava perdido

Com a caravana seguiu
Para mostrar mais valor
Juntamente com o chefe
Diversos mergulhador
Para ver se descobririam
Onde estava o motor

Mas ao chegar no local
Que viram o grande horror
Pensaram: – como nós vamos
Ajudar este senhor ?
No meio de tanta aflição
E no meio de tanta dor

Mãe chorando por seus filhos
Filhos chorando por seus pais
Porque muitos que ali morreram
Seus corpos não viram mais
Crendo que foram comidos
Pelos grandes animais

E verdade meu amigo
Este rio tudo consome
Aqui desapareceram
Tanto mulher como homem
E o rio é uma imensidão
Pode ver pelo seu nome,

Porque em água é o maior
Não existe outro igual
Tem que se andar prevendo
Pois, tudo pode ser fatal
Também morrer afogado
Isto não é genial

Certo que com a morte
Nunca se está conformado
Uns dizem que o barco virou
Por vim muito carregado
E outros já se maldizem
Que foi a falta de cuidado

Certo é que foi para o fundo
Em um lugar de horror
Uns chamam de Botafogo
Outros de ponta do pavor
Foi um naufrágio horrível
Que causou tristeza e dor

E já que este lugar
E por todos mal visado
Quando se aproxima
Fica todo mundo assustado
Depois que se passa dele
O coração fica sossegado-

Sentindo já ter passado
Por este horrível lugar
Com o coração tranquilo
O povo vai descansar
Pedindo a proteção de Deus
Para chegarem em seu lar

Muitos foram neste barco
Que em seus lares não chegaram
Porque antes do destino
No barco se liquidaram
Por ser tarde da noite
Muitos ali se acabaram

Uns saíram nadando
Para alcançar outro lado
Mais isto não realizaram
Por estarem muito cansados
Antes de alcançarem a terra
Muitos morreram afogados

Foi um grande desespero
Naquela escuridão
As mães procurando os filhos
Mas sem haver solução
Porque tudo estava escuro
Pela aquela região

Ali muitas mães morreram
Querendo o filho salvar
Porque a mãe só deixa o filho
Quando vê-lo se acabar
E se possível vai junto
Para ser do filho o par

Foi como ali aconteceu
Se acabaram mãe filhos e pais
Certas pessoas amigas
Que os nomes não lembro mais
Foi uma grande tragédia
Que ainda não houve igual

Porque eram duas cidades
O povo que ali seguia
A primeira era Coari
Que sofreu grande agonia
Ao saber desta notícia
Logo ao romper do dia

Com a notícia chegada
Houve um grande alvoroço
Tanto mexeu com os velhos
Como também com os moços
Neste dia em muitas casas
Não fizeram nem o almoço

Porque muitos só pensavam
A minha mãe se acabou
Porque foi nesta semana
Que para cá viajou
Quem sabe se ela não veio
Neste tão grande motor

Foi grande esta aflição
De boca em boca falada
Uns esperavam a reação
Pra ver o que tinha se dado
Naquele grande naufrágio
Ocorrido de madrugada

Há uma outra cidade
Enfiada nesta aflição
Que é a cidade de Tefé
A qual ficou de plantão
Para prestar socorro
A qualquer ocasião

As que eram mais de perto
Como Codajás e Coari
Prestaram todo socorro
Por serem perto dali
Pra não deixar a aflição
Tomarem conta daqui

Diversos motores chegaram
Para ali prestarem socorro
Uns dizem se eu não for
De vergonha sei que morro
Porque um naufrágio desse
Entro na parada e não corro

Com esta definição
Querendo alguém salvar
Mas porém foram bem pouco
Os que puderam escapar
Daquela grande tragédia
Onde, só Deus podia ajudar

Porque um rio como este
Digo e não peço segredo
Para onde nos dirigimos
A correnteza faz medo
Temos que nos prevenir
Pra não entrar em atropelo

Nós que somos conhecedor
Deste rio sem outro igual
Devemos nos prevenir
Fugindo sempre do mal
Porque deparar com a correnteza
A morte pode ser fatal

Então vamos meus irmãos
Procurar nos defender
Porque fazendo assim
Mais vida podemos ter
Porque quem escapa de uma
Cem anos há de viver

Vamos tomar conhecimento
Enquanto a cabeça esfria
Das providências tomadas
Por nossa capitania
Que chegou com urgência
Antes do romper do dia

Os que ali chegaram
Para ajudar o cidadão
Que o mesmo estava triste
Por perder a embarcação
Porque ali só não sentia
Se não fosse um cristão

A capitania ao chegar
Tomou todo conhecimento
Para ajudar ao dono
A ter mais força e talento
E também prestar socorro
Naquele horrível momento

Chegaram e foram saber
O que ali aconteceu
O dono já sem talento
Contou o que ocorreu
E como se tornou triste
Tudo aquilo que se deu

Foram muitos os prejuízo
Assim o homem falou
Além das mercadorias
Que a correnteza levou
Ainda por cima disto
O barco não se encontrou

A capitania dirigiu-se
E ao homem interrogou
Querendo assim saber
A onde o motor se naufragou
Para saírem a procura
Diversos mergulhador

Os mergulhadores estavam
De tudo bem equipado
Para ver se descobriam
Aonde o barco tinha parado
Naquela grande correnteza
Aonde tudo é demasiado

Porque aquele lugar
Ele nunca está parado
Enquanto menos se espera
A correnteza é de todo o lado
Pra se passar por ali
Tem que andar com cuidado

Atados de correntes
Para poderem voltar
Os mergulhadores pularam
Com coragem pra mandar
Porque lugar como aquele
Nem todo cabra vai lá

Foram a primeira vez
Sem pensar o que encontrar
Com pouco deram sinal
Que já queriam voltar
Porque a correnteza
Não deixou no chão chegar

A correnteza é demais
Isto sem ter paradeiro
Muitos ali morreram
Pra salvar o companheiro
Coisa que em certos casos
Só se me desse dinheiro

Mas os homens que chegaram
Para em tudo ajudar
Pediram pra ir mais embaixo
Pra novamente pular
Para ver o que diziam
Deste honroso lugar

Foram a segunda vez
Mas sem trazer resultado
Disseram vamos a terceira
Para dar por encerrado
Porque se tentarmos mas
Nós somos prejudicados.

A última tentativa
De diversos mergulhador
Que ao voltarem do fundo
Só tristeza e muita dor
Fazendo este esforço todo
Para encontrar o motor

Foi sem futuro os esforços
Que para ali seguiu
Porque tudo se acabou
Dentro deste grande rio
Com a imensidão de água
O motor logo sumiu

Deixemos a capitania
Voltando para o capitão
Para falarmos do povo
Que ficaram passando mal
Por ter grande prejuízo
De tudo seu afinal

Os que não morreram afogados
Acabaram de completar
A grande lamentação
Mostrando tudo sem parar
Contando assim para o povo
Como puderam escapar

Uns dizem eu agradeço.
A um pau que ia baixando
Que outros não tiveram sorte
Deste pau ia avistando
Só eu me agarrei nele
E foi a vida me salvando

Foram diversas famílias
Pelas águas destruídas
Que não posso levar em conta
a quantidade de vidas
Que foram neste naufrágio
Pelos os animais comidas

Não querendo acrescentar
Mais do que ali aconteceu
E que vou pedir sempre
À proteção do bom Deus
Que ele é conhecedor
De todos os contos meus

Fazendo assim o proveito
De uma história real
Você passa ser um homem
Conhecedor de tudo afinal
Do acontecimento ocorrido
Em uma tragédia fatal

Por isso peço aos amigos
Para comprarem o primeiro
Pois em breve comporei outro
Conto fatos verdadeiros
Porque não posso mentir
Sou homem brasileiro

Comprando este livro
Vai logo lhe despertar
Mostrando como é bonito
A gente tranquilo andar
Com especialidade nas águas
Onde tudo pode se acabar

Não menti nem exagerei
Contei o que se passou
Pois as noticias chegadas
Foi o que mais me encabulou
Em ver tanta tristeza
Pertinho de tanta dor

Vou encerrar o livrinho
Pra não ser muito comprido
Pedindo a Deus que abençoe
Pra que seja bem vendido
Que os amigos façam proveito
De tudo que foi descrevido

Sei que não acreditavam
Isto ser fruto daqui
Morando neste Amazonas
Esta cidade é Coari
A esperança não acaba
O carinho que recebo aqui.

16
Chagas Semeão

Descrição do acontecimento segundo o “Blog do Coronel Roberto”

A Tragédia do Barco “Dominique”

 
Okada (à esq.), ajudante de ordens
do governador Areosa, 1969

Conversei com o coronel da reserva Odaci Okada sobre o comando que ele exerceu no Corpo de Bombeiros (1979-1981). A entrevista sairá no livro Os Bombeiros do Amazonas, cujo lançamento acontecerá no final do ano. Lembrou-me os graves acidentes que aconteceram nos dois anos de seu comando. O relato abaixo pertence a ele, complementado pela publicação do jornal A Notícia.

A competência da equipe de homens-rã dos bombeiros é comprovada. Mas sempre motivou comentários bem diversos, favoráveis ou não. Pretextos sempre existiram. Anteontem, porque não existia nem homens nem equipamentos; ontem, apesar dos aparatos técnicos, da instrução e do aprimoramento, os obstáculos ficavam por conta de nossos rios.

Verdade. Não é fácil mergulhar nos rios amazônicos, seja qual for a profundidade ou extensão. O pessoal encarregado desse serviço, todavia, seguia adestrando-se e a corporação adquirindo o material adequado. O desafio para esse treinamento surgiu quando o barco Dominique naufragou.

A Notícia (jornal amazonense). Manaus, 15 fevereiro 1980

 “30 mortos no naufrágio do motor Dominique“ bradou a edição de 15 fev.1980. Em resumo, este barco afundou na madrugada de 14 de fevereiro, no rebojo “Ponto do Vapor”, próximo à sede do município de Codajás, no rio Solimões, quando “foi envolvido por um remanso em forma de uma imensa onda que virou o motor”.

A Notícia. Manaus, 15 fev. 1980

Entre os mortos, há “duas crianças de colo, uma de nove meses e outra de um ano,” e dezesseis com idade até quinze anos. Não há informação sobre o trabalho dos bombeiros nesse periódico (17 fev.), mesmo quando relata a busca e os cuidados com os sobreviventes.
Mas os homens-rã estiveram no local empenhando-se como sempre. Obrigados a recolher do rio os mortos. Será sempre um serviço doloroso, mesmo para os profissionais mais experimentados.

Homens-rã do Corpo de Bombeiros

Dois destaques: a iniciativa do proprietário do barco, Manoel Viana Neto, em mobilizar “mais de 40 canoeiros para auxiliar a equipe de resgate que fora providenciada pela Capitania dos Portos”. O outro, o resgate do neném Alberto Marinho, de nove meses, amparado em “colete salva-vidas preso ao galho de uma árvore caída dentro do rio caudaloso”.

Fonte da postagem: http://catadordepapeis.blogspot.com.br/2011/04/tragedia-do-barco-dominique.html

Botafogo, lugar mítico do passado e temido pelos navegantes do rio Solimões

Durante as entrevistas, um lugar, em particular, muito relatado nos chamou atenção: no rio Solimões, próximo da cidade de Codajás-AM, o botafogo, também conhecido como o ponto do vapor. Tão místico era esse lugar nos depoimentos que parecia tratar-se de uma lenda, tal como a da mula-sem-cabeça ou da cobra-grande. O trecho do rio era temido por todos os que se recordavam dele. Entre, os entrevistados no trecho Manaus-Coari-Manaus – 05 proprietários, 05 comandantes e 11 passageiros –, 18 falaram do lugar da morte. Um dos passageiros chegou a apelidá-lo de Jesus te chama, porque quando você entrava não saía mais, só mesmo se Jesus quisesse.

Reza a lenda, que o lugar era encantado e atraía os navegantes para um caldeirão de águas que borbulhava e puxava para lá todos os navegantes desinformados, que sem chance de se livrar eram “engolidos” para o leito do rio Solimões e nunca mais eram encontrados, nem os corpos e nem os destroços da embarcação. Railgila Torres, uma das proprietárias de embarcação entrevistadas, lembrou de sua infância, navegando com o pai, e disse: “eu me lembro que nesse local nós só passávamos à noite, porque a embarcação do meu pai era de pouca velocidade e na hora que ele ia passar por lá, mandava acordar todos nós pra passarmos ali acordados porque aquilo ali era uma área de risco. Era um pavor”.

O comandante José Jairo, do Navio Motor A. Nunes II, lembra que nesse lugar naufragou o motor Dominique, muitos foram resgatados por canoeiros do lugar, mas outros tantos foram à óbito, principalmente crianças. Esse caso foi relatado por todos os jornais da região.

Buscando explicações empíricas, alguns diziam: lá existe um buraco! Existe uma pedra! Não, é a força do rio mesmo! Alí existe um bicho feroz, uma cobra grande! Muitas eram as explicações tentadas, mas a verdade era que todos temiam o lugar. Dona Maria Mosanda, passageira do A. Nunes II, nos disse: Meu Deus, o Botafogo? Eu não tenho nem coragem de olhar pra lá quando a gente passa. Acalmou, mas eu não confio não!

Atualmente, a natureza se encarregou de acalmar o botafogo, ele já não ferve mais, a dinâmica aluvial do rio cuidou de construir no lugar novas paisagens – uma ilha e uma praia –, mas quando tudo se acalmou, o caboclo cuidou de encontrar a explicação para a bondade da mãe natureza que poupou as vidas futuras alguns diziam: A natureza criou aquele rebojal do Botafogo, mas viu que estava dando prejuízo e sofrimento, aí resolveu criar ali uma paia pra conter.

Fonte: Navegar é Preciso: A Lógica e a Simbólica dos Usos Socioambientais do Rio – Marcelo Souza Pereira – Manaus – 2015

Está gostando ? Então compartilha:

6 comentários em “Tragédia do Botafogo”

  1. lirilene ferreira de sales

    Eu Lirilene Ferreira de Sales, nasci em Codajás, e tinha 13 anos quando aconteceu essa tragédia, lembro muito bem desse dia, muitos corpos sendo resgatados, meu pai Sinval Sales Bastos junto com meus irmãos também ajudaram, meu pai saiu com o motor dele em busca de sobreviventes.

  2. Em janeiro de1981 conheci o tão famoso “rebojo do Bota fogo”,tinha 11 anos de idade,vi pessoas chorando ou tomadas de medo.Vi que nosso barco diminuiu a velocidade e foi calmamente se desviando aqui e ali,até passar do grande aglomerado de pequenos rebojos.Neste ano ao retornarmos no Comandante Junior, falamos para o meu tio que viajaria em seguida para Coari que não viesse nele,porem meu tio mudou de barco porque o barco que afundaria estava super lotado e meu tio desarmou a rede e foi para o barco que seguiria depois. Quando viajavam de madrugada, caiu um grande temporal,mas, mais cedo já haviam visto objetos de bebês e uma botija de gás flutuando no rio o que assinalava um possível desastre marítimo.Quando se aproximavam da região do rebojo acontecia um temporal,o barco diminuiu sua velocidade e foi possível ouvir as pessoas pedirem socorro,alguns estavam segurando em capins flutuantes.Mas,o temporal e o rebojo entre o barco e as pessoas do outro lado impossibilitava o resgate. O barco também estava carregado de mercadorias e se tentassem ajudar poderiam virar e levar mais vidas.Disse meu tio que o comandante mandou baixar as cortinas e os passageiros choravam por não poderem ajudar as pessoas que poderiam ser seus parentes naquele momento.O que o comandante fez foi o correto tentando salvar os seus passageiros ou a tragédia se repetiria duas vezes em uma só noite.

  3. Ontem conversei com um senhor de nome Procópio que mora em Tefé _AM, e na oportunidade ele relatou que estava nessa embarcação , o mesmo disse que ajudou algumas pessoas, inclusive uma senhora que tinha um bebê de colo, eles sobreviveram com ajuda de uma tampa de caixa de isopor e uma botija de gás que por milagre boiou perto deles.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dança
Dança
Archipo Góes

Corpos em Movimento: Workshop Gratuito de Dança em Coari

O projeto “Corpos”, contemplado pelo edital Paulo Gustavo, oferece aulas gratuitas de Dança Contemporânea e Improvisação para jovens e adultos a partir de 11 anos. As oficinas exploram a expressividade corporal, a improvisação e o aprimoramento de técnicas básicas, com direito a certificado ao final do curso e uma demonstração artística para a comunidade.

Leia mais »
Garantianos
Folclore
Archipo Góes

Correcampenses x Garantianos

A crônica Correcampenses x Garantianos, narra a rivalidade entre os bois-bumbás Corre-Campo e Garantido em Coari, marcada por brigas e um episódio de violência em 1989. A retomada do festival em 1993 e a vitória do Corre-Campo geraram reações distintas. A crônica reflete sobre a polarização social, a cultura popular como identidade local e a importância da tolerância para a harmonia.

Leia mais »
Santana
Literatura
Archipo Góes

Um dia de Santana em Coari em uma Igreja Ministerial

O texto narra a vivência da festa da padroeira de Coari, retratando a devoção à Santana, a padroeira da cidade, e a importância da fé para o povo local. A narrativa destaca a movimentação do porto, a participação dos trabalhadores da castanha, a procissão, a missa e o arraial, revelando a religiosidade popular e a cultura local. A história do patrão e dos trabalhadores da castanha ilustra a exploração do trabalho na região, enquanto a presença do bispo e dos padres reforça o papel da Igreja Católica na comunidade. O texto termina com a reflexão sobre a fé, a esperança e a importância da preservação da tradição.

Leia mais »
Guadalupe
Literatura
Archipo Góes

O Trio Guadalupe – 1987

O texto narra as memórias da autora sobre sua infância na década de 80, marcada pela paixão por filmes de dança e pela amizade com Sirlene Bezerra Guimarães e Ráifran Silene Souza. Juntas, as três formavam o Trio Guadalupe, um grupo informal que se apresentava em eventos escolares e da comunidade, coreografando e dançando com entusiasmo. O relato destaca a criatividade e a alegria das meninas, que improvisavam figurinos e coreografias, e a importância da amizade que as uniu. Apesar do fim do trio, as memórias das apresentações e da cumplicidade entre as amigas permanecem como um símbolo daquela época especial.

Leia mais »
maçaricos
Literatura
Archipo Góes

Os maçaricos do igarapé do Espírito Santo têm nomes

Maçaricos, aves e crianças, brincavam lado a lado no Igarapé do Espírito Santo em Coari–AM. Um local de rica vida natural e brincadeiras, o igarapé variava com as cheias e secas, proporcionando pesca, caça e momentos marcantes como a brincadeira de “maçaricos colossais” na lama. O texto lamenta a perda da inocência e da natureza devido à exploração do gás do Rio Urucu e faz um apelo para proteger as crianças e o meio ambiente.

Leia mais »
França
Literatura
Archipo Góes

O boi de França e o boi de Ioiô

O texto “O boi de França e o boi de Ioiô” é um importante documento histórico que contribui para a compreensão da cultura popular e da tradição do boi-bumbá no Amazonas. Através de uma narrativa rica em detalhes, o autor nos leva de volta ao ano de 1927 e nos apresenta aos personagens e eventos que marcaram a introdução dessa importante manifestação cultural em Coari.

Leia mais »
Corpo Santo
Literatura
Archipo Góes

Um Corpo Santo e as serpentes na brisa leve e na água agitada

O texto “Um Corpo Santo e as serpentes na brisa leve e na água agitada” é um belo exemplo de como a literatura pode ser usada para retratar a realidade social e ambiental da Amazônia. Através de uma linguagem rica e poética, o autor nos convida a refletir sobre a vida dos ribeirinhos, a beleza da natureza e a importância da preservação ambiental e social.

Leia mais »
Rolar para cima
Coari

Direiros Autorais

O conteúdo do site Cultura Coariense é aberto e pode ser reproduzido, desde que o autor “ex: Archipo Góes” seja citado.