Recomeçar – II

Archipo Góes

Quantas vidas cabem
Dentro de uma vida só?
Há várias vidas em mim
Não sei de onde eu vim
E para onde eu vou?
Só sei… que sempre será
De uma forma terna.

 

Foi preciso eu viver só
Para poder me encontrar
Foi preciso mudar meu corpo
Para deixar de ser visto
Foi preciso ser duro, para
Descobrir minha sensibilidade

 

Foi preciso parar de criticar
Para eu poder fazer.
Eu não poupava ninguém
Mas primeiro eu não
Poupava a mim mesmo.
Foi preciso parar de ensinar
Para verdadeiramente apreender

 

Quantas vidas eu já tive?
A vida recomeça sempre
Eu morri em vida
Pedi amigos, coisas, pessoas
Ganhei realizações, aspirações;
Mas vivo sempre recomeçando
Eu vivo e estou sempre
Num processo de renascer.

 

Coari-AM 07/07/2017

Está gostando ? Então compartilha:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Areal Souto
Literatura
Archipo Góes

Histórias esquecidas 01: Areal Souto

A história de Francisco do Areal Souto é uma mistura de aventura, suspense e humor. O protagonista é um homem forte e destemido, que sempre encontra uma maneira de superar as adversidades. A panela de pressão, que deveria ser uma ferramenta útil, acaba se tornando uma fonte de mistério e diversão.

Leia mais »
rosa
Francisco Vasconcelos
Archipo Góes

O homem que escreveu sobre o palhaço e a rosa – 2018

Francisco Vasconcelos, autor do livro “O palhaço e a rosa”, é um escritor que aborda temas como a infância, o amor perdido, a contingência da vida, a pobreza e a injustiça. Sua obra é resultado da vida que o autor promoveu para si e a que se submeteu.

Leia mais »
Castanheira
Literatura
Archipo Góes

Excelsa Castanheira – 06

Nesse texto de Antônio Cantanhede incluído na seção Coari de seu livro “O Amazonas por Dentro”, podemos observar que a castanheira amazônica se destaca ao manter suas flores o ano todo enquanto outras árvores se desfolham sazonalmente. No período de agosto a setembro, ela revela ouriços de castanhas, atraindo aves e macacos. Essa árvore é símbolo econômico na Amazônia, sendo reverenciada tanto por sua beleza quanto pelo valor de suas castanhas. Coari, no princípio do século XX foi um dos maiores produtores de castanha do Amazonas.

Leia mais »
Rolar para cima
Coari

Direiros Autorais

O conteúdo do site Cultura Coariense é aberto e pode ser reproduzido, desde que o autor “ex: Archipo Góes” seja citado.