Francisco Vasconcelos
Descruza
 – enquanto é tempo –
 teus recolhidos braços.
 Sim, descruza-os.
Libera tuas mãos do preguiçoso aconchego
para que,
livres,
possam ensejar-te a vez de também seres útil,
na necessária semeadura do amanhã.
Descruza, sim, teus braços preguiçosos
 e de uma vez por todas,
 rompe os grilhões da inútil e inconsequente postura.
Pensa em quantos esperam por ti.
Em quantos esperam que lhes estendas a mão amiga,
essa mesma mão que escondes,
que ocultas.
Quantos serão os que dela dependem?
Quantos serão os que esperam de ti?
Descruza, pois, os braços!
Até mesmo para que,
tendo livres as mãos
possam elas também receber o quinhão que lhes cabe
na justa partilha do amor há muito prometido.

Postagens Relacionadas
Minha Brisa Rosa
A autora relembra sua infância em Coari e as aventuras com sua bicicleta Brisa rosa, presente de seu pai em 1986. Após p...
09/16/2024Histórias de Boi-Bumbá - José Willace
A mais expressiva toada do boi-bumbá Rei Garantido no Festival Folclórico de Coari no ano 1993. Lembrança do último fest...
10/22/2019Os Redentoristas em Coari - Década de 80
A história dos Redentoristas em Coari começou com a chegada dos padres Redentoristas americanos em nossa região. Veja ne...
02/10/2021 
				









